quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Bibidi Bobidi Boo!!!








Tem jeito não, acho que mais 20 anos aqui em São Paulo não serão suficientes para modificar algumas “manias” que trouxe comigo da Bahia...

Sempre gostei de roupa feita com costureira: aquela romaria de ir na loja, escolher tecido, aviamentos, pensar no modelo (criado ou copiado na cara de pau que Deus me deu mesmo), etc. pode parecer pesadelo para alguns mas, para mim, é sinônimo de diversão sem fim!  Vale adicionar ainda, a espera e expectativa para a roupa ficar pronta (me fazendo relembrar o quanto desejar em época de imediatismos vale à pena),  a prova para os ajustes finais e todo o baticum do coração na euforia da estreia! O tempo vai passando, mudo a cada segundo mas permaneço igual em tantas coisas... Quem sabe esse não seja um bom exemplo para definir o conceito de essência?!

O carnaval está chegando; não é a toa que esse tema me invadiu. Lembrei hoje com muita nitidez e tão intensamente de uma época da minha vida onde os preparativos para o carnaval começavam meses antes. A compra do abadá, das passagens aéreas pra Salvador e nos modelitos imaginados e costurados em apenas um dia, na casa de uma amiga querida. Tínhamos uma fada madrinha de verdade só pra gente e  passávamos o dia no ti-ti-ti entre o colorido dos tecidos (delicias dos exageros tão possíveis do carnaval!), as provas de roupas inspiradíssimas e gargalhadas sem fim!

O meu carnaval começava alí, num apê de São Paulo, abarrotado de fantasias por dentro e por fora. E o reinado do Momo, era puro contágio dessa alegria, desses pequenos desejos realizados e saboreados.

O tempo passa: a amiga mudou-se para o outro lado do mundo mas segue bem presente no coração,  as roupas hoje são feitas por um alfaiate que continua me fazendo acreditar que carruagens de abóbora são bem possíveis e, atualmente, são essas lembranças que abarrotam meu coração de saudade.


É... felicidade não é pouca coisa não!